Antes de entrar na faculdade de jornalismo, nunca
tinha imaginado que a voz era algo que pudesse ser doado. Eu não sabia da
existência de projetos como o Grupo de
Áudio do Curso de Comunicação Social da Unaerp, que tem como objetivo a
gravação de áudio de vários livros que ainda não foram transformados em
audiobooks, promovendo, assim, a democratização da leitura junto aos
deficientes visuais.
O convite para participar desse grupo foi feito
pelo professor de Radiojornalismo Gil Santiago, em 2010. Eu, Leandro Martins e
Célia Santos decidimos fazer parte da equipe e escolhemos para gravar o livro O Xangô de Baker Street, de Jô Soares.
O livro era um pouco extenso, 352 páginas. Demoramos alguns meses para terminar.
Perdemos algumas horas de gravação, mas isso não foi empecilho para que deixássemos
de finalizar a leitura desse livro.
Leandro Martins, Célia Santos e eu |
Terminada a leitura do “Xangô”, Gil Santiago pediu
para que lêssemos outro livro, chamado de Nós e os outros: histórias de diferentes culturas, de Gonçalves Dias. Não me
lembro o motivo, mas a Célia não conseguiu participar dessa leitura, que acabou
sendo feita por mim e Leandro. Essas gravações eram realizadas nos horários
vagos de aulas. A cada semestre tínhamos, pelo menos, o equivalente a duas
aulas vagas por semana e era esse precioso tempo que usávamos para participar
do projeto.
As gravações foram feitas por Henrique Falleiros e
a edição do áudio ficou por conta de Edinho Luiz. Lembro de muitas gargalhadas
durante as gravações, principalmente quando tínhamos que ler algumas expressões
com o sotaque francês de alguns personagens do livro do O Xangô. Quem nos
salvou das expressões mais difíceis foi a Célia, que com o seu jogo de cintura
tirou de letra as palavrinhas estrangeiras.
Muito obrigado pela leitura! Ele ajudou muito!
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