2 de dezembro de 2014

Doadores de voz

Antes de entrar na faculdade de jornalismo, nunca tinha imaginado que a voz era algo que pudesse ser doado. Eu não sabia da existência de projetos como o Grupo de Áudio do Curso de Comunicação Social da Unaerp, que tem como objetivo a gravação de áudio de vários livros que ainda não foram transformados em audiobooks, promovendo, assim, a democratização da leitura junto aos deficientes visuais.

O convite para participar desse grupo foi feito pelo professor de Radiojornalismo Gil Santiago, em 2010. Eu, Leandro Martins e Célia Santos decidimos fazer parte da equipe e escolhemos para gravar o livro O Xangô de Baker Street, de Jô Soares. O livro era um pouco extenso, 352 páginas. Demoramos alguns meses para terminar. Perdemos algumas horas de gravação, mas isso não foi empecilho para que deixássemos de finalizar a leitura desse livro.
Leandro Martins, Célia Santos e eu
Terminada a leitura do “Xangô”, Gil Santiago pediu para que lêssemos outro livro, chamado de Nós e os outros: histórias de diferentes culturas, de Gonçalves Dias. Não me lembro o motivo, mas a Célia não conseguiu participar dessa leitura, que acabou sendo feita por mim e Leandro. Essas gravações eram realizadas nos horários vagos de aulas. A cada semestre tínhamos, pelo menos, o equivalente a duas aulas vagas por semana e era esse precioso tempo que usávamos para participar do projeto.

As gravações foram feitas por Henrique Falleiros e a edição do áudio ficou por conta de Edinho Luiz. Lembro de muitas gargalhadas durante as gravações, principalmente quando tínhamos que ler algumas expressões com o sotaque francês de alguns personagens do livro do O Xangô. Quem nos salvou das expressões mais difíceis foi a Célia, que com o seu jogo de cintura tirou de letra as palavrinhas estrangeiras.


Um comentário:

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