20 de agosto de 2011

Repórter Esso

A uma semana do aniversário de 70 anos da primeira transmissão do Repórter Esso, programa que usava os slogans “o primeiro a dar as últimas” e também o famoso “testemunha ocular da história”, eu não poderia deixar de homenagear esse importante radiojornal da década de 1940, que é o tema da minha monografia.

No final do ano passado, os alunos do curso de Jornalismo da Unaerp tiveram que formar grupos de até quatro integrantes para a produção da monografia. Para “variar um pouquinho”, eu, Leandro Martins e Célia Natalina de imediato nos unimos e formamos nosso grupo. Mas houve uma surpresa, nossa companheira de turma Larissa Costa também estava disposta a se juntar a nós.

Depois do grupo formado, veio a parte mais difícil: qual o tema que vamos escolher para pesquisar e escrever durante um ano? Algum tempo depois, a resposta veio da Larissa Costa: Repórter Esso. Todos aceitaram de imediato e é claro que só havia uma pessoa que tinha de ser o nosso orientador: Gil Santiago, professor de radiojornalismo, que nos apresentou a famosa síntese radiofônica.

O Repórter Esso foi criado nos Estados Unidos em 1935, mas foi ao ar pela primeira vez no Brasil no dia 28 de agosto de 1941, às 12h55, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A partir daí se espalhou para outros quatro estados do país, na seguinte ordem:
-São Paulo, na Rádio Record
-Minas Gerais, na Rádio Inconfidência
-Pernambuco, na Rádio Clube
-Rio Grande do Sul, na Rádio Farroupilha

O programa foi trazido pelos EUA para o Brasil e para outros países da América Latina para colocar em prática a estratégia política da boa vizinhança. Como afirma Klockner, “nos primeiros anos, destacou notícias referentes ao estilo de vida americano, o conhecido american way of life, após o fim da Segunda Guerra Mundial, foram veiculados informações sobre o Brasil”.

O Repórter Esso trouxe um jeito novo de fazer radiojornalismo. Antes, os radiojornais eram conhecidos como jornal falado, pois eles simplesmente liam as notícias do jornal impresso, sem dar nenhum tratamento especial às notícias, gerando uma grande oportunidade de cometer diversas gafes ao vivo.

Com o surgimento do Repórter Esso e do seu manual de redação, as notícias passaram a ser adaptadas para a linguagem do rádio, sendo mais concisas, objetivas e com uma interpretação especial na locução. O programa também é lembrado pela sua pontualidade e pelo tempo de duração determinado em cinco minutos.

Os locutores do Repórter Esso eram exclusivos. Entre as vozes marcantes dos “speakers”, como eram conhecidos os apresentadores, se destacou a de Heron Domingues, da Rádio Nacional (RJ), Aloísio Campos, da Rádio Inconfidência (MG), e Lauro Hagemann, da Rádio Farroupilha (RS).

O Repórter Esso foi veiculado durante a Era de Ouro do Rádio e deixou sua marca registrada na história. O radiojornal teve sua última transmissão no dia 31 de dezembro de 1968. Já na TV, a última transmissão aconteceu no dia 31 de dezembro de 1970.

Para conhecer melhor o programa, sugiro o livro O Repórter Esso – A Síntese Radiofônica Mundial que Fez História, de Luciano Klockner.


As atividades da Praça XV


Durante o curso de jornalismo, nós estudantes devemos passar por diversas áreas da profissão, para conhecer todas as funções que podemos desenvolver e começar a perceber em que área nos destacamos.


A disciplina de fotojornalismo, ministrada pelo professor Cesar Mulati, que cursei no 2º semestre de 2010, trouxe dois desafios. O primeiro era criar um portfólio de um fotógrafo que tivesse um trabalho diferenciado, podendo ser muito conhecido ou não, brasileiro ou não.

Bom, durante a minha pesquisa para encontrar um nome, eu achei o André François, que é um foto-documentarista que nasceu em São Paulo e registrou diferentes povos na África, Europa e América.

O que mais me chamou a atenção no trabalho do André, não foi suas viagens pelo exterior, e sim, as viagens que ele fez pelo o Brasil, retratando as várias formas que a medicina humanizada se manifesta no país.

Dando sequência em minha pesquisa, tive a oportunidade de conhecer alguns de seus livros que narram suas viagens e exibe diversas cenas que ele teve a oportunidade de fotografar.

Se o leitor ficou curioso em conhecer um pouco mais sobre esse fotógrafo, seus livros e sua história visite o site 
www.imagemagica.org. No link documentário é possível conhecer um pouco de cada livro publicado por François. Clicando aqui, o leitor pode visualizar os slides da minha apresentação sobre o foto-documentarista.

Depois de várias aulas teóricas para tentar entender o olhar do fotojornalista e também depois conhecer diversos fotógrafos e seus trabalhos, chegamos ao segundo desafio da disciplina. Era a hora de colocar em prática o meu “olhar” como fotojornalista.

Primeiro era preciso definir um tema. O que eu ia fotografar? Pensei durante duas semanas em várias situações, pessoas, lugares, mas nada que realmente tenha despertado o meu interesse. Até que um dia, caminhando pela Praça XV de Novembro, no centro de Ribeirão Preto, notei a quantidade de gente que trabalha e circula por ali nos finais de semana.

É uma diversidade de pessoas muito grande, cada uma com uma ideia, um estilo de vida e uma forma de sobrevivência. Se o trabalho é formal ou informal esse não foi o foco da escolha do meu tema. A minha proposta foi mostrar as diversas atividades e pessoas que passam pela peculiar Praça XV.

Chegou a hora de conhecer o meu singelo ensaio fotográfico “As atividades na Praça XV”.