29 de julho de 2014

AGE - Transporte Público

Caro leitor, para entender o que é a AGE, sugiro que leia o artigo Agência de Notícias (AGE). Segue abaixo, minha primeira notícia para esse veículo, em 2010, quando cursava o 2º ano da faculdade de jornalismo.

Deficientes de Ribeirão Preto enfrentam problemas no transporte coletivo
Ribeirão Preto conta atualmente com uma frota de 311 ônibus, operando em 84 linhas e 34 vans do Leva e Traz que atendem 30 rotas. Deste total, somente 77 ônibus e 16 vans são adaptados para os deficientes, segundo dados da Transerp, empresa responsável pelo transporte coletivo urbano de Ribeirão Preto-SP.

De acordo com a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Sheila Simões, esse número ainda não é suficiente para atender os 68 mil deficientes da cidade. Ela explica que recebe reclamações diárias da falta de acessibilidade no sistema de transporte coletivo. “Rampa com inclinação inadequada, equipamento sem manutenção e o descuido de alguns motoristas de não estacionar rente à calçada, contribui para a inacessibilidade do deficiente”, afirma Sheila.

O casal de cadeirantes, Sonia Soranzo e Jeferson Andrade, conta que já ficaram cerca de três horas debaixo de chuva na Rua Cerqueira César, no centro de Ribeirão Preto, esperando o ônibus adaptado. “O nosso ônibus quebrou e aí colocaram um ônibus para andante. Tirou um adaptado e colocaram um normal. Era a linha Jardim Amália”, explicou Jeferson.

A NBR 14.022 diz que até 2014 todo o sistema de transporte coletivo deverá assegurar o uso pleno com segurança e autonomia por todos. O diretor de Transportes da Transerp, José Mauro, afirma que até 2012 toda a frota do transporte coletivo de Ribeirão Preto estará adaptada.

Hoje, a única linha que não oferece acessibilidade aos deficientes é a linha 147-Ipiranga. Segundo a Transerp, as linhas que apresentam maior demanda de deficientes são: Ribeirão Verde, Jardim Amália, Jardim Heitor Rigon, Fórum, Iguatemi e Hospital das Clínicas. Sendo que parte dos veículos dessas linhas são adaptados.

O deficiente visual da Associação dos Cegos, Luis Gonzaga Peres, comenta sobre os problemas que os deficientes visuais enfrentam no transporte público. “Eles deviam sinalizar os pontos pra gente. Porque se estivermos sozinhos, a gente não sabe que ônibus está vindo”, afirmou Luis. “Muitas vezes o ônibus para e você não ouve por causa do tumulto”.

Se não bastassem todos os problemas de acessibilidade no transporte público, os deficientes têm que enfrentar outros problemas como a impaciência e insensibilidade das pessoas sem deficiência. “O povo fica nervoso e eu não sei o porquê. Uma vez que o ônibus tem um símbolo para cadeirante, ele sabe que uma hora ele vai embarcar um deficiente”, comentou o cadeirante Jeferson. Essa é a rotina dos deficientes que dependem do transporte público para se locomover.

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