Acredito que a disciplina de Radiojornalismo foi uma das que mais me
chamou a atenção durante a faculdade. Era incrível apresentar rádio ao vivo.
Lidar com os imprevistos e improvisos, falar e imaginar que do outro lado tem
alguém muito interessado em ouvi-lo, esteja essa pessoa no carro, em casa ou no
trabalho. Confesso que dava aquele frio na barriga cada vez que escutava a
vinheta de abertura do programa Frequência Universitária, da Rádio Eldorado
(1330 AM), do qual tive a oportunidade de ser editora e repórter, mas posso
afirmar que foi uma das melhores experiências da minha carreira.
Os primeiros trabalhos no rádio foram simples: produção de boletins
informativos com, no máximo, dois minutos. Primeiro individual, depois em dupla
– no caso apresentei com a colega de turma Natalia Dovigo – e finalmente em
trio – eu, Natalia e Paula Alves, amiga querida e que passado algum tempo
descobriu que seu futuro era a faculdade de História.
Eu, durante a apresentação do Frequência Universitária |
Depois de “experientes” em boletins, passamos para a produção de
radiojornal: Frequência Universitária. No início, o programa durava cerca de 30
minutos. Nós tratávamos de vários assuntos: economia, tecnologia, meio
ambiente, saúde, dicas de filme e, a minha editoria favorita, “Eu já li esse
livro”. Adorava poder comentar um pouco sobre alguns dos livros que já li. P A U S A: para os viciados em leitura,
tem uma rede social super bacana chamada Skoob,
vale a pena conhecer.
Quando produzi o primeiro programa sozinha, o Frequência não tinha
apenas 30 minutos, agora era um programa de duas horas. Foi um grande desafio selecionar
notícias e dicas interessantes para entreter o ouvinte por 120 minutos. Mas,
modéstia parte, eu e minha equipe (Camila Ruiz, Jaqueline Terra, Marília Ulian
e Mishelly Aloísio, com supervisão do professor Gil Santiago e edição de áudio
do querido Serginho Silva) fizemos um excelente programa. Ah, tem outro
detalhe, o Frequência era veiculado no horário da nossa aula, que se não me
falha a memória era de quinta-feira à noite, mas tinha uma edição extra no
sábado, que não era obrigatória a presença dos alunos. Quando eu não trabalhava
nos finais de semana – na época eu era desenhista/cadista – eu corria para a
Rádio Eldorado.
Serginho, Bruna, Gil, Marília, Jaqueline e Mishelly |
Para garantirmos um bom conteúdo durante os programas, nós também preparávamos
matérias ou realizávamos entrevistas ao vivo no estúdio com um convidado. Nesse
período, tive a oportunidade de produzir três matérias de rádio com os
seguintes temas: segurança eletrônica (de 5 minutos), transporte público para deficientes (de
4 minutos, que fiz junto com o meu amigo Leandro Martins) e Associação Arquitetos do Bem (de 3
minutos). Além disso, produzi uma matéria especial (de 10 minutos), em parceria
também com o Leandro, chamada Suave Caminho, que foi premiada na Mostra de
Prêmio Unaerp 2010, garantindo o primeiro lugar na modalidade Radiojornalismo:
matérias jornalísticas, e também foi uma das matérias selecionadas em um
concurso nacional da Rádio Cultura de São Paulo, que tinha como objetivo veicular
as melhores matérias na rádio (ZYK 520 – 1200kHz). Suave Caminho foi ao ar para
todos os paulistanos no dia 23 de outubro de 2010. Caso o leitor queira
conhecer essa história, clique aqui.
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Célia Santos, Thais Mantoani, Larissa Costa, Josiane Rodrigues, Natalia Dovigo, Thiago Mariano e Bruna Zanuto |
Bom, o rádio foi tão influente no período em que estive na faculdade,
que a minha monografia não poderia ser sobre outro assunto. No post Repórter Esso, o leitor vai descobrir
como eu e meu grupo escolhemos esse lendário radiojornal para ser o assunto que
iriamos pesquisar e escrever durante um ano.
Uma das apresentações do Frequência Universitária no sábado: Thiago Mariano e Bruna Zanuto |
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